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Livros Não-Canônicos

Sherlock Holmes. The Spirit Box

     George Mann, Titan Books, Inglaterra, 2014.

     Formato: Kindle.

     Londres está sendo bombardeada pelos alemães em 1915 e o sobrinho de Watson morreu na Grande Guerra. Sherlock está aposentado, mas é chamado por Mycroft para investigar uma série de mortes, que ele teme estarem relacionadas com uma conspiração alemã. Herbert Grange, empregado do Ministério da Guerra, morreu de forma suspeita e pistas sugerem que ele estava envolvido com a The Spirits Box, do título. A partir daí, o enredo envolve espiritismo, espionagem e investigação policial. Presença de Sir Maurice Newbury, que trabalha no Museu Britânico e que o autor vai utilizar em outras histórias como especialista do oculto. Tem uma ligação estreita com SH. Os dois consideram que o outro é um especialista em sua área, mas desconfiam de suas conclusões.

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Sherlock Holmes. The Stuff of Nightmares

     James Lovegrove, Titan Books, Inglaterra, 2013.

     Formato: Kindle.

     O tema do livro é o terrorismo. Watson está em Waterloo quando uma bomba explode. Segue para a Baker Street no momento em que SH é chamado por Mycroft que precisa investigar os atentados. SH tem uma teoria diferente sobre os atentados e segue uma linha própria de investigação, que é a presença de um vigilante conhecido como Barão Cauchemar. O livro segue para uma temática levemente steampunk, onde o Barão é um engenheiro soberbo que busca vingança e possui máquinas incríveis, incluindo um exoesqueleto. Ele não é o autor dos atentados, mas também está caçando os terroristas por motivos próprios. No final, a história é muito mais sobre o Barão Cauchemar do que propriamente sobre SH, tanto que ele assume o protagonismo do enfrentamento final.

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Sherlock Homes and the Houdini Birthright

     Val Andrews, Endeavour Press, Inglaterra, 1995.

     Formato: Kindle.

     Além de SH e Houdini, um dos principais personagens da história é o próprio Arthur Conan Doyle. A história se baseia em um fato real que é narrado no primeiro terço do livro: Conan Doyle havia se convertido ao espiritismo e Houdini, além de mágico, era especialista em desbaratar charlatães. Houdini é convidado por Doyle para uma sessão de espiritismo com um médium muito respeitado por Doyle. A mãe de Houdini teria aparecido, mas o mágico contesta o médium e o declara um farsante. Os dois rompem a amizade. No livro, Houdini pede ajuda para SH para desmascarar um médium que estaria tentando enganar ele e Doyle. A história se desenvolve a partir daí, envolvendo chantagens e estratagemas ao longo de anos. 

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O Manuscrito dos Mortos

     David Stuart Davies, Abajour Books, 2016.

     Formato: Físico.

     Escrito por um dos principais pesquisadores sobre SH (The Sherlock Holmes Book e vários outros), Davies não repete aqui o mesmo sucesso que teve ao escrever sobre o detetive. SH e Watson vão investigar uma sessão espírita e desmascaram o médium. Logo após, um roubo no Museu Britânico revela que o assaltante estava atrás de manuscritos egípcios específicos. A investigação prossegue, envolvendo a história antiga do Egito, a decifração de códigos e antigos rituais. Uma boa ideia, mas com uma escrita enfadonha.

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Nuvem da Morte

     Andrew Lane, Intrínseca, 2010.

     Formato: Físico.

     Primeiro livro da série Young Sherlock Holmes, a história começa com SH sendo deixado na casa dos tios durante as férias, pois seu pai viajou para a Índia e sua mãe não está bem. Lá, ele trava amizade com um garoto que vive de pequenos roubos e tem como tutor um americano, convidado por Mycroft, que vai ensiná-lo a pensar logicamente. Ele lutou na Guerra da Secessão e atuava como espião e caçador de homens. A história principal envolve a morte de um sujeito provocado por uma "nuvem da morte" e um plano de vingança contra a Inglaterra. Surge a Câmera Paradol, uma força maligna internacional, quase como um Liga da Injustiça. Um dos principais destaques é a incrível e absurda lista de agradecimentos que aparece antes do texto que revela imediatamente a solução do caso para qualquer um que já tenha lido um pouco sobre SH. Fora este erro editorial, o livro é muito bem escrito e revela um SH jovem bastante interessante. Um destaque negativo é a presença do americano - Sr. Crowe - como mentor de SH. Apesar de ser um bom personagem, a lógica sherlockiana funciona sobremaneira na Inglaterra, em um país de castas - como o era na época vitoriana. Nos EUA, a sociedade era diferente e me parece estranho o desenvolvimento deste tipo de abordagem no país.

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Parasita Vermelho

     Andrew Lane, Intrínseca, 2012.

     Formato: Físico.

     Segundo livro da série Young Sherlock Holmes, a história começa com a desconfiança de Crowe e Mycroft de que o assassino de Lincoln está escondido na Inglaterra. Sherlock decide investigar por conta própria, quase acaba morto e ainda permite que Matty seja sequestrado. Crowe, Virginia e SH viajam para a América atrás de Matty, perseguem um grupo de terroristas sulistas que não aceitam a derrota na Guerra da Secessão e que desejam construir um novo país separado dos EUA. Aqui, SH ainda está no papel de tutorado de Crowe, mas já toma algumas iniciativas sozinho. No entanto, seus passos continuam vigiados pelo tutor e por Mycroft.

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Gelo Negro

     Andrew Lane, Intrínseca, 2012.

     Formato: Físico.

     Terceiro livro da série Young Sherlock Holmes, a história começa com um mistério de quarto fechado, onde Mycroft está com uma faca nas mãos e há uma pessoa morta, mas ele jura que não é o assassino. As investigações os levam até a Câmera Paradol e uma viagem disfarçada para Moscou, onde SH vai precisar desmascarar uma tentativa de assassinato de um general russo, cuja culpa cairia em Mycroft, criando um incidente internacional. Os planos da Câmera se tornam mais maquiavélicos e SH acaba se tornando o seu principal oponente. 

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Tempestade de Fogo

     Andrew Lane, Intrínseca, 2013.

     Formato: Físico.

     Quarto livro da série Young Sherlock Holmes e último publicado pela Intrínseca no Brasil. A história começa com o desaparecimento súbito de Crowe e Virgínia, que fogem da Inglaterra para a Escócia. SH e Matty vão atrás e descobrem para onde foram e onde estão escondidos. Crowe está fugindo de um assassino que busca vingança contra ele e Virginia.  SH e Virginia se aproximam ainda mais e um romance é iminente. Mas, após derrotar o oponente, SH é sequestrado pela Câmera Paradol, que o coloca no Gloria Scott que segue para a China. O livro termina com SH seguindo para a China, em uma viagem que vai durar, entre ida e volta, quase um ano.

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Snake Bite

     Andrew Lane, Farrar, Straus and Giroux, 2014.

     Formato: Kindle.

     Quinto livro da série Young Sherlock Holmes, narra a viagem de Sherlock para a China no Gloria Scott, o ataque de piratas, sua amizade com um cozinheiro chinês, que o ensina a lutar e meditar. Chegando ao seu destino, o seu amigo morre misteriosamente e ele acaba investigando a morte com a ajuda do filho de um emissário britânico local. Os dois se envolvem em uma conspiração internacional relacionada aos direitos comerciais na região e uma disputa entre a Inglaterra, o resto da Europa e os Estados Unidos. É um livro completamente diverso dos demais, pois SH está sozinho pela primeira vez, sem a ajuda dos amigos, Mycroft, Crowe, Matty ou mesmo Rufus. Sob muitos aspectos, é o livro de amadurecimento do jovem, que retorna como um homem. Além disso, no final, ele recebe uma carta de Virginia, onde ela relata que está noiva de outro homem.

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Knife Edge

     Andrew Lane, Farrar, Straus and Giroux, 2015.

     Formato: Kindle.

     Sexto livro da série Young Sherlock Holmes, Sherlock retorna da China e encontra Mycroft o esperando no porto. Os dois seguem para a Irlanda, onde eles precisam investigar o caso de um espiritualista que diz ser capaz de falar com os mortos. Vários governos estão interessados em contratar o sujeito e Mycroft está ali para representar a Inglaterra. Entre os demais interessados, temos Crowe representando os EUA, que tem como assistente a sua filha, Virginia, que está noiva. É a última aparição da primeira (e talvez única) paixão de Sherlock. A história se desenrola entre desmascarar o tal espiritualista e a resolução entre os dois jovens. É um ponto de quebra, onde os Crowe, decididamente, saem de cena.

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Stone Cold

     Andrew Lane, Macmillan Children's Books, 2014.

     Formato: Kindle.

     Sétimo livro da série Young Sherlock Holmes, Sherlock é enviado para Oxford onde ele vai estudar com Charles Dogson (professor que escreve com o pseudônimo de Lewis Carroll). Matty vai junto. Eles acabam se envolvendo em uma investigação de roubo de corpos, um ex-policial que acredita que as profissões podem deixar marcas nas pessoas e uma casa que se move enquanto seus ocupantes dormem. Provavelmente, o livro mais fraco da série. 

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Night Break

     Andrew Lane, Macmillan Children's Books, 2015.

     Formato: Kindle.

     Oitavo livro da série Young Sherlock Holmes, Sherlock permanece em Oxford quando Mycroft vai até ele e informa que a sua mãe está morta. Ao retornar para casa, descobrem que a irmã - que é emocionalmente desequilibrada - está noiva e temem que alguém esteja atrás da fortuna. Ao investigar quem seria o noivo, descobrem que ele é um sujeito correto, mas está com problemas com o irmão, um engenheiro que trabalha no Canal de Suez no Egito. Ele, SH e Matty vão para o Egito e descobrem uma trama que vai colocar SH e Mycroft em campos opostos. A Câmera Paradol faz uma pequena participação aqui, mas bastante importante. Com um ritmo bem diferente do livro anterior, este apresenta uma trama bem mais complexa, deixando aberta uma série de possibilidades muito interessantes. SH finalmente se livra do figura paterna do irmão e, agora, vai precisar andar com as próprias pernas.

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Sherlock Holmes no Japão

     Vasudeve Murthy e Akira Yamashita, Vestígio, 2015.

     Formato: Físico.

     Escrita em quatro mãos, Yamashitia faz um trabalho melhor que Murthy. A história apresenta a abordagem clássica dos anos perdidos durante o Grande Hiato. Neste caso, Watson é convidado pelo próprio SH para participar de uma aventura enquanto está desaparecido (ignorando o reencontro dos dois após o Grande Hiato). Há uma morte no navio que SH diz estar relacionada com o caso de uma conspiração internacional contra o governo japonês que ele está investigando. A descrição do Japão e sua cultura é o ponto alto do livro, graças a Yamashita. No resto, o livro apresenta um Watson extremamente misógino - sem explicação nenhuma - e uma profusão de cartas redigidas de um lado para o outro, flertando com a comédia, sem chegar a lugar algum. Livro confuso e mal escrito.

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Sherlock Holmes & Einstein no Caso dos Cientistas Assassinados

     Alexis Lecaye, Jorge Zahar Editor, 1996.

     Formato: Físico.

     Livro que conta uma das histórias do Grande Hiato, SH está em Berna, durante o seu auto-exílio. Cientistas que insistem na bobagem do movimento perpétuo são assassinados de formas estranhas. SH convoca Watson para lhe ajudar - ignorando o reencontro dos dois. Watson é "envenenado" por um licor que lhe provoca uma tensão sexual absurda, em um plot secundário sem sentido e que não leva a lugar algum, a não ser uma dose de comicidade gratuita e quase grosseira. A amizade entre SH e Einstein contribui de forma muito indireta ao caso, o que deveria ter sido melhor explorado. O ponto alto do livro são as mortes dos cientistas. Cada um é morto em uma armadilha que tenta quebrar uma das Leis da Termodinâmica. Se as leis pudessem ser quebradas, os cientistas não morreriam e o movimento perpétuo seria possível. 

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Novas Aventuras Científicas de Sherlock Holmes: Casos de Lógica, Matemática e Probabilidade

     Colin Bruce, Jorge Zahar Editor, 2001.

     Formato: Físico.

     Livro em formato de contos e problemas, apresenta doze casos onde Sherlock e Watson precisam usar a força da matemática e da lógica pura para resolver as questões. A linguagem utilizada, apesar de mimetizar os contos de Conan Doyle, é misturada com um forte embasamento matemático, pois a ideia é que o leitor aprenda noções básicas de lógica matemática e probabilidade enquanto lê os contos. Por causa disso, algumas das histórias são fracas em termos de narrativa, desenvolvimento ou conclusão, pois o foco do livro não é a descoberta em si, mas o método. 

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