Filmes
The Empire of Corpses
Direção: Ryotarou Makihara. Baseado no livro de mesmo nome por Project Itoh. Animação.
2015.
Principais personagens: Watson, M., Frankenstein, SH, Irene Adler, Ulissess Grant e Thomas Edison.
Victor Frankenstein descobriu um método para reanimar corpos com alma, pensamentos e fala. Sua principal criação (The One) desaparece e apenas uma versão deturpada da fórmula é recuperada. A alma artificial - necroware - reanima os cadáveres, mas eles não podem sentir ou falar. A máquina de Charles Babbage pode atualizar o software utilizando cartões perfurados, mas o tomo original está perdido. Watson faz experimentos ilegais e é capturado por M, que faz um acordo: servir a ele e encontrar o Memorandum em troca da liberdade. Watson, que busca ressuscitar a alma do seu amigo/amante Friday, aceita. Eles seguem em uma jornada pelo mundo e encontram o The One, que também busca o Memorandum, mas por motivos diversos. A história segue focada na busca pelo Memorandum e se a tecnologia do necroware deve ou não continuar sendo utilizada pelos humanos. É um filme muito bem feito e a história é cheia de reviravoltas bem conduzidas. SH só faz uma pequena aparição no final, pois o foco é em Watson.
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Dr. Bell and Mr. Doyle - Murder Rooms - The Dark Beginnings of Sherlock Holmes
Direção: Paul Seed. BBC 1.
2000.
Principais personagens: Dr. Bell (Ian Richardson), Conan Doyle (Robin Laing)
Filme feito para a TV que mostra o encontro de Doyle com Bell e como isso afetou a carreira do médico. Neste primeiro filme, são apresentadas as motivações pessoais de Bell para investir na medicina forense - que não existia na época - e a relação entre os dois quando Doyle entra na faculdade. A clássica cena da examinação do relógio de Watson é revivida aqui, exatamente como Doyle dizia que Bell conseguia fazer. A reconstrução histórica é o forte do filme, envolvendo dois fatos bastante peculiares: a introdução das mulheres nas faculdades médicas e a ira dos alunos e cavalheiros contrários a ideia, principalmente nas aulas de anatomia; e o Dr. Thomas Neill Cream, colega de Doyle, que acabaria enforcado em 1892 culpado da morte de várias mulheres. Ele, ainda hoje, é um dos suspeitos de ter sido Jack, o Estripador. Na narrativa do filme, ele vai confrontar Doyle e Bell. Toda a série, fora uma escorregadela aqui ou ali, é muito bem feita e vale a pena.
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Murder Rooms - The Patient´s Eyes
Direção: Tim Fywell. BBC 1.
2001.
Principais personagens: Dr. Bell (Ian Richardson), Conan Doyle (Charles Edwards)
Filme feito para a TV, mostra Doyle já adulto e médico, começando a trabalhar em Southsea. Neste e nos demais episódios, somos apresentados a um Doyle cada vez mais desgostoso com a prática da medicina e se interessando mais pelos crimes e pela escrita. Além disso, ele vai encontrando peças, nomes e lugares que vão aparecer mais tarde nas histórias de SH. Ele não suporta a forma como os médicos exploram seus pacientes, o que o torna uma espécie de pária entre eles. Ao mesmo tempo, a amizade com Bell se torna mais forte. Nesta aventura, uma paciente diz estar vendo coisas enquanto anda de bicicleta em uma estrada rural. Ela é órfã e mora com os tios. Os pais foram assassinados por um louco e ela deve receber a herança em breve. Ele convida Bell e os dois investigam a questão, descobrindo uma trama mais complexa e terrível do que imaginavam. No final, a falta de provas deixa o caso concluído, mas sem a possível punição dos culpados. Isso se torna uma amarga lição para Doyle.
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Murder Rooms - The Photographer´s Chair
Direção: Paul Billing. BBC 1.
2001.
Principais personagens: Dr. Bell (Ian Richardson), Conan Doyle (Charles Edwards)
Filme feito para a TV, onde temos​ uma iniciação de Doyle ao espiritismo, tema que ele vai retornar depois que o seu filho morre na guerra. Há uma série de assassinatos onde os corpos são encontrados com a cabeça coberta e estranhos machucados. Bell é chamado para ajudar no caso e convida Doyle para auxiliá-lo. Ao investigar a questão, precisam entrar no mundo dos médiuns e dos espíritas, o que provoca um confronto entre Bell - que não acredita nisso - e em Doyle, que não sabe no que acreditar.
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Murder Rooms - The Kingdom of Bones
Direção: Simon Langton. BBC 1.
2001.
Principais personagens: Dr. Bell (Ian Richardson), Conan Doyle (Charles Edwards)
Filme feito para a TV, a história começa​ com um curador de um pequeno museu fazendo uma festa para a abertura de uma múmia. No entanto, lá dentro há um corpo recém morto. A partir daí, a história se desenvolve no campo da conspiração internacional, terroristas e um complô para dinamitar Londres. Ela é divertida porque traz inúmeras referências aos trabalhos vindouros de Doyle (Gigante Rato de Sumatra, Prof. Challenger e seu Platô, o Cão dos Baskervilles), mas a história, em si, é fraca e mal conduzida.
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Murder Rooms - The White Knight Stratagema
Direção: Paul Marcus. BBC 1.
2001.
Principais personagens: Dr. Bell (Ian Richardson), Conan Doyle (Charles Edwards)
Filme feito para a TV, ​conta uma história de chantagem e vários assassinatos, envolvendo a polícia e aristocracia local. A trama é bem desenvolvida, mas a quantidade de pessoas que se suicida no caminho é um pouco elevada demais para ser crível. Bell quase cai em desgraça e Doyle o salva no último momento. Atormentado com todas as mortes, ele diz à Bell que vai começar a escrever para espantar seus demônios, mas Bell é contra. Diz que ele vai desperdiçar seus talentos em algo tão frívolo. O último elemento - e que nunca existiu nos livros e contos de Doyle - o famoso chapéu de SH, é apresentado nas últimas cenas.
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The Hound of the Baskervilles (2000, Rodney Gibbons, Hallmark Entertainment)
The Sign of Four (2001, Rodney Gibbons, Hallmark Entertainment)
The Royal Scandal (2001, Rodney Gibbons, Hallmark Entertainment)
The Case of the Whitechapel Vampire (2002, Rodney Gibbons, Hallmark Entertainment)
Principais personagens: SH (Matt Frewer), Watson (Kenneth Welsh), Mrs. Hudson (Kathleen McAuliffe)
Esta série de quatro filmes produzida nos EUA e Canadá, foi dirigida e protagonizada pela mesma equipe e distribuída pela Hallmark. O primeiro filme segue a estrutura original da história de Doyle, assim como o segundo. Já o terceiro e o quarto toma liberdades criativas bem mais exageradas. O terceiro filme retrata o envolvimento de Irene Adler com um esquema de espionagem internacional, com a participação decisiva de Mycroft no processo. Já no quarto filme temos, ao contrário do vampiro clássico de Bram Stoker, a utilização dos mitos da América do Sul e o envolvimento de um padre que esteve na Guina Francesa. Há a menção ao famoso médico brasileiro Dr. Chagas. A interpretação de Matt Frewer como SH é, muitas vezes, pedante demais para o personagem. As histórias são conduzidas em um ritmo lento demais. Com a exceção dos dois últimos filmes, que servem como curiosidade sobre a forma como pode-se abordar os contos clássicos de Doyle, é uma série que deixa muito a desejar.
O Cão dos Baskervilles
Direção: Sidney Lanfield, 20th Century Fox
1939.
Principais personagens: SH (Basil Rathbone), Watson (Nigel Bruce), Mrs. Hudson (Mary Gordon)
Primeiro filme da dupla (eles filmariam 14 filmes, no total), produzido pela 20th Century Fox. Se passa na Inglaterra vitoriana, com toda a caracterização da época e segue fielmente a narrativa de Doyle. Filme com alto custo de produção, mas com um bom retorno financeiro. Basil é ainda considerado um dos melhores intérpretes de SH, assim como Nigel Bruce se apresenta como um bom Watson.
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The Adventures of Sherlock Holmes
Direção: Alfred L. Werker, 20th Century Fox
1939.
Principais personagens: SH (Basil Rathbone), Watson (Nigel Bruce), Mrs. Hudson (Mary Gordon)
Segundo e último filme com a Fox. Baseado em uma peça de teatro de William Gillette, que interpretava Holmes, o filme apresenta o confronto de Holmes contra Moriarty, que pretende roubar as jóias da coroa. Assim como o primeiro filme, este se passa na Inglaterra vitoriana. No entanto, com os altos custos de produção e a proximidade da Segunda Guerra Mundial, o contrato é cancelado e a Universal compra os direitos por 300.000 dólares.
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Sherlock Holmes Universal Pictures
Direção: vários, Universal Pictures
1942 a 1946.
Principais personagens: SH (Basil Rathbone), Watson (Nigel Bruce), Mrs. Hudson (Mary Gordon)
Durante estes quatro anos, a Universal produziu mais quatorze filmes com os mesmos personagens. No primeiro, é apresentado um cartão narrado explicando que Holmes é um personagem atemporal. Na verdade, para baixar os custos, Holmes se torna uma personagem que vive na década de 40 e que não utiliza mais as suas roupas clássicas. Em uma das primeiras cenas, ele quer sair de casa com o chapéu de caçador, mas Watson o repreende e ele abandona o traje. Os filmes, todos de baixo orçamento, são muito diversos entre si, tanto na qualidade quanto na condução da obra. Eles fizeram bastante sucesso, mesmo com algumas escorregadelas durante o caminho.
Sherlock Holmes and The Voice of Terror (1942) se passa durante a Segunda Guerra Mundial, onde um espião nazista faz ecoar transmissões de rádio na Inglaterra para aterrorizar a população. Termina com a frase clássica escrita por Doyle em His Last Bown: There´s an east wing comming, Watson.
Shelock Holmes and The Secret Weapon (1943) utiliza elementos do conto The Adventure of the Dancing Men e retrata Holmes precisando fugir da Gestapo.
Sherlock Holmes in Washingtown (1943) é uma história completamente original e Holmes vai para os EUA tentar recuperar planos de uma arma que os nazistas estão atrás.
Sherlock Holmes faces Death (1943) é uma história de mistério, diferente do clima de guerra e espionagem das anteriores. Lestrade prende um homem por um assassinato, mas SH acredita que ele prendeu o homem errado. Baseado no conto The Adventure of the Musgrave Ritual.
The Spider Woman (1943) é uma história que apresenta elementos de vários contos e livros: The Final Problem, The Sign of Four, The Adventure of the Devil's Foot e The Adventure of the Empty House. Holmes confronta o que pode ser considerado uma versão feminina de Moriarty.
The Scarlet Claw (1944) é uma história completamente original, onde SH precisa enfrentar o que supostamente é um fantasma assassino.
The Pearl of Death (1944) é uma história baseada no conto The Adventure of the Six Napoleons. No entanto, a pérola é escondida em outro lugar e cabe a SH descobrir o paradeiro.
The House of Fear (1945) é uma história baseada no conto The Five Orange Pips, onde a premissa de mortes anunciadas pela chegada de sementes de laranja serve para um estratagema de chantagem e roubo.
The Woman in Green (1945) é um filme baseado no conto The Empty House. Mulheres são mortas e seus dedos são cortados, revelando um caso de assassinato e chantagem perpetrado pelo mestre Moriarty.
Pursuit to Algiers (1945) é um filme com enredo original, onde SH precisa proteger um membro da família real que é ameaçado de morte.
Terror by Night (1946) é um filme com enredo original, envolvendo dois plots dentro de um trem. Uma jovem que está levando o corpo da sua mãe para ser enterrado em sua cidade natal e um diamante que está sendo levado para o seu destino final. SH é contratado para proteger o diamante. O caso envolve a participação do Coronel Sebastian Moran.
Dressed to Kill (1946) é o último filme da dupla com a Universal Pictures. Uma gangue, chefiada por uma mulher, está atrás das placas de impressão do dinheiro inglês. Utilizando suas habilidades como atriz de teatro, ela engana SH e Watson.
Cansado de interpretar sempre o mesmo papel, Basil desiste de atuar na série e a mesma é cancelada.
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Sherlock Holmes
Direção: Rachel Lee Goldenberg
2010
Principais personagens: SH (Ben Syder), Watson (Gareth David-LLoyd)
Filme de baixíssimo orçamento, produzido para aproveitar a popularidade do filme de Robert Downey Jr, o filme flerta com o fantástico e com o steampunk. Uma lula gigante - que depois vamos descobrir que é um robô - ataca navios. Um raptor ataca pessoas nos subúrbios de Londres e ninguém vê a criatura. Uma mulher meio máquina - no melhor estilo Falsa Maria - circula pela cidade. Um dragão voador que cospe fogo será usado para bombardear Londres. E, no meio de tudo isso, Sherlock tentando descobrir a verdade, Watson (eles se encontram pela primeira vez no filme) o ajuda de forma relutante e Mycroft está inválido após ter sido atacado por meliantes. Apesar da ruindade, prometeram uma continuação: Sherlock Holmes vs Frankenstein, nunca concluída, com a graça da Rainha.
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A Study in Terror (Névoas do Terror)
Direção: James Hill
1965
Principais personagens: SH (John Neville), Watson (Donald D. Houston)
Sherlock vs Jack, o Estripador, em um filme que flerta com o terror barato e, por isso, chegava a passar no Brasil no Cine Trash, da Bandeirantes. A busca por Jack nos subúrbios de Londres acaba levando Sherlock às mansões, onde ele descobre a identidade do assassino após banhos de sangue e gritos de mocinhas indefesas. O verdadeiro Jack confronta Sherlock e morre em um incêndio e SH prefere não revelar a sua identidade para não destruir o bom nome da família, que nada tinha a ver com os crimes.
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Murder by Decree
Direção: Bob Clark
1979
Principais personagens: SH (Christopher Plummerr), Watson (James Mason)
Interessante história onde SH investiga os assassinatos de Jack, o Estripador, e descobre uma conspiração para manter a identidade do assassino a partir de um complô envolvendo a maçonaria. É tanto uma história de detetive quanto uma história sobre os meandros do poder e a relação entre a mídia sensacionalista na época e o povo. O tom e a condução são completamente diferentes do Névoas do Terror, que flerta com o terror barato.
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O Mundo Perdido
Direção: Timothy Bond
1992
Principais personagens: Prof. Challenger (John Rhys-Davies), Sumerlle (David Warner), Ed Malone (Erick McCorwack)
Baseado no livro homônimo de Doyle, possui algumas diferenças. O platô das criaturas fica no meio da África Central, colonizada por portugueses. Além disso, a expedição para encontrar o platô é liderada por Sumerlle, rival de Challenger. O professor o engana e consegue dar um jeito de ir na expedição, assim como uma fotógrafa do National Geographic e um garoto, amigo de Malone. Malu, uma nativa, os ajuda no caminho. Ao subir no platô e descobrirem os dinossauros, também são atacados por uma tribo (Tribo do Esqueleto) e precisam fugir. São recepcionados por uma segunda tribo, que não deseja guerra. Descobrem que os herbívoros estão doentes, o que vai destruir com o ecossistema do platô. Só sobrevivem os que comem uma determinada planta, o que explicaria a extinção dos dinossauros fora do platô. Conseguem descer por um túnel secreto e levam um filhote de pterodátilo juntos para Londres; ele acaba num zoológico, mas o garoto, Malone e a fotógrafa libertam o dinossauro no final do filme. Filme de baixo orçamento, mas com alguns elementos interessantes.
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O Retorno ao Mundo Perdido
Direção: Timothy Bond
1992
Principais personagens: Prof. Challenger (John Rhys-Davies), Sumerlle (David Warner), Ed Malone (Erick McCorwack)
Aproveitando que o primeiro filme havia sido bem sucedido, o diretor convocou o mesmo elenco e filmou um segundo filme, que acabou sendo lançado no mesmo ano. Após as descobertas do primeiro filme, um avião descobre a localização do platô, mesmo com Challenger e Sumerlle não revelando a localização. Este avião traz cientistas belgas que querem explorar petróleo. Eles atiram no chefe da tribo e matam um dinossauro. Malu está passando por ali e recolhe o chefe, leva ele até o entreposto e manda um telegrama, pedindo ajuda. Nossos aventureiros retornam ao platô, onde os nativos estão trabalhando como escravos no poço de petróleo. Um tiranossauro invade a exploração e no meio da confusão, o poço de petróleo pega fogo, formando um vulcão. A lava começa a invadir tudo e, agora, os belgas e os aventureiros precisam se unir para impedir que o vulcão destrua tudo. Eles conseguem impedir que o vulcão destrua o platô, mas, para isso, tem que explodir a montanha, selando a passagem para sempre. Estão vivos, mas presos no platô. No final, o filhote de pterodátilo chega no platô, depois de sua viagem de Londres até aqui. Diferente do primeiro filme, este, talvez por ter sido realizado ás pressas, é repleto de clichês e coincidências sem sentido. Muito pior que o primeiro.
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Sherlock Holmes e o Caso das Meias de Seda
Direção: Simon Cellan Jones
2004
Principais personagens: SH (Rupert Everett), Watson (Ian Hart)
Filme feito para a TV pela BBC One. SH está cada vez mais viciado em ópio. Watson, preocupado com o amigo, tenta levar um caso em que ele auxiliou na realização da necropsia. Eles acham que é uma prostituta, mas SH descobre que a garota morta é filha de um aristocrata e há uma meia de seda enfiada na sua garganta. A partir daí, SH e Watson começam a investigar e descobrem que estão atrás de um serial killer. O filme é bem feito e a história é interessante. No entanto, a participação de um jovem ator que despontava na época acaba entregando o final da história, pois fica fácil descobrir que o sujeito não estaria ali apenas para fazer um papel tão secundário. Ian Hart faz um Watson convincente, mas Everett faz um Sherlock tão pedante quanto Matt Frewer, o que chega a ser irritante em alguns momentos.
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Sherlock Holmes: Case of Evil
Direção: Graham Theakston
2002
Principais personagens: SH (James D'Arcy), Watson (Roger Morlidge), Moriarty (Vincent D'Onofrio), Rebecca Doyle (Gabrielle Anwar)
Filme feito para a TV em uma produção romena e inglesa, reúne um bom elenco para uma história alternativa de SH. O detetive mal alcançou a maioridade e já é uma celebridade após, aparentemente, derrotar e matar Moriarty. Ele bebe da fama, inclusive se relacionando com várias mulheres. Algum tempo depois, uma série de mortes o leva a conhecer o Dr. Watson, um médico que inicia a carreira na medicina forense. Eles acreditam que Moriarty está vivo e partem em seu encalço. A relação entre Moriarty e a família Holmes é explorada de forma intensa, com o bandido destruindo a vida de Mycroft e utilizando a paixonite de SH pela prostituta Rebecca para feri-lo. A história é bastante alternativa aos contos de Doyle, mas o elenco garante a diversão do filme. Duas ideias interessantes merecem um menção: a utilização da esgrima, relatada por Doyle como um dos pontos fortes de SH, mas praticamente abandonada em suas aventuras, e a melancolia do detetive após o combate final com Moriarty.
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The Crucifer of Blood
Direção: Fraser Clarke Heston
1991
Principais personagens: SH (Charlton Heston), Watson (Richard Johnson), Lestrade (Simon Callow)
Filme feito para a TV, baseado na peça de mesmo nome, uma adaptação do Signo dos Quatro escrita por Paul Giovanni. Foi encenada nos EUA, Inglaterra, Canadá, Japão e Austrália. Assim como no livro, a história foca no terrível destino do pai de Irene St. Clair (no livro, Mary Morstan, futura esposa de Watson) e seus três companheiros após roubarem um tesouro durante a Rebelião na Índia de 1867 na região de Agra. A peça e o filme modificam algumas questões, mas segue razoavelmente o livro. Watson é bastante crível por Richard Johnson, mas Charlton Heston faz um SH que parece que vai saltar em uma biga a qualquer momento. Ele é enérgico e violento demais e, quando precisa se mostrar mais introspectivo, é forçado. Vale a pena para conhecer a peça de teatro para quem não tiver a oportunidade de vê-la sendo encenada.
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The Young Sherlock Holmes (O Enigma da Pirâmide)
Direção: Barry Levinson
1985
Principais personagens: SH (Nicholas Rowe), Watson (Alan Cox), Lestrade (Roger Ashton-Griffiths), Anthony Higgins (Rathe/Ethar/Moriarty)
Filme que encantou uma geração, tanto pela história como pelos efeitos especiais, mostra um jovem Sherlock Holmes estudando na Brompton Academy, Londres, onde ele conhece Watson, que acaba de se mudar para a escola. Um ex-professor da escola mora no sótão, com a sua sobrinha. Única garota que vive ali, Elizabeth e SH estão apaixonados. Misteriosos suicídios começam a ocorrer após uma figura encapuzada atirar um dardo em suas vítimas. De alguma forma, todos parecem estar relacionados com o tio de Elizabeth, que também comete suicídio. SH, mesmo expulso da escola por um estratagema provocado por um aluno rival, decide investigar a morte, que envolve um antigo culto egípcio. O filme é absolutamente delicioso e muito bem conduzido. A trama é envolvente e explora a relação dos jovens personagens, assim como também cria um elo antigo para SH e Moriarty, algo que foi bastante explorado tanto em livros e filmes no decorrer dos anos. Interessante notar que, apesar do sucesso, o ator principal (Rowe) acaba migrando para o teatro e praticamente desaparece das telas. Anthony Higgins, por sua vez, vai acabar interpretando SH em um filme feito para a TV absolutamente descartável, chamado Sherlock Holmes Returns. Também é interessante notar que este é um dos casos onde o nome traduzido faz mais sentido que o nome original, genérico demais, na minha opinião.
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The Return of Sherlock Holmes
Direção: Kevin Connor
1987
Principais personagens: SH (Michael Pennington), Jane Watson (Margaret Colin)
Uma descendente de Watson é detetive em Boston e vai até a Inglaterra e ​encontra SH em uma cápsula criogênica e o coloca de volta à vida 80 anos depois. Por que ele estava lá? Ninguém sabe. De volta à Boston, os dois se reúnem para resolver um crime que Jane está investigando, deixando em aberto um final que demonstra que este filme para TV pretendia ser o piloto de uma série que nunca foi para o ar. Apesar do plot inicial ser fraco, a história de mistério ainda tem o seu charme.
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Sherlock Holmes Returns
Direção: Kenneth Johnson
1994
Principais personagens: SH (Anthony Higgins), Dra. Amy Winslow (Debrah Farentino)
Corroborando a ideia de que más ideias nunca morrem de fato, eis um 'recordar é viver' do filme acima., inclusive parodiando até o título. Nos tempos atuais - década de 90 - , a Dra. Winslow encontra o corpo de SH que esteve em animação suspensa - sabe-se lá o porquê - e que acaba de ser reanimado após um terremoto em São Francisco. O que o corpo de SH está fazendo lá? Não se sabe, mas ele acorda e mantém os cabelos compridos e acaba se metendo em uma trama contra os descendentes de Moriarty, que por algum acaso do destino, também estão por lá. Telefilme que pode ter sido produzido para ser o piloto de uma série que, graças a Rainha, nunca saiu do papel, um dos pontos mais baixos na carreira de Higgins. Ah! Ele também se envolve romanticamente com a doutora, que mora na Baker Street de São Francisco. Sério.
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Sherlock Holmes in New York
Direção: Boris Sagal
1976
Principais personagens: SH (Roger Moore), Moriarty (John Huston), Watson(Patrick Macnee), Irene Adler(Charlotte Rampling)
Enquanto vivia o icônico 007, Roger Moore resolveu se aventurar por outro grande personagem inglês neste filme feito para a TV. Moriarty sequestra o filho de Irene Adler e atrai o detetive para Nova York, em um plano que envolve o roubo de uma grande quantidade de ouro. SH e Irene voltam a flertar e, ao final do filme, uma cena deixa implícito que o filho de Irene pode ser filho do grande detetive. Patrick Macnee vai acabar interpretando o mesmo Watson em mais dois filmes, de forma bastante eficiente, com outros atores interpretando SH. Mas Moore como Sherlock é galante demais. Ele parece não ter saído de Bond para entrar na pele do grande detetive.